A história de F., o final possível...
Volto novamente, desta vez para dar-vos conta do final possível para a história do pequeno F.
Pois bem a criança foi internada e depois reencaminhada para uma Instituição enquanto o processo corria no Tribunal de Menores.
Faltava decidir para onde iria o F.: para a mãe, para o pai, para a avó ou para adopção? Bem, para a mãe não porque ela estava junto de quem o tinha maltratado. Para o pai também não porque além de já ter uma idade algo avançada, encontra-se com uma doença terminal. Restava a avó e a adopção. A avó, senhora que tem a cargo uma família de 20 pessoas, numa pequena casa, decidiu ficar com o neto. Ainda bem, do mal o menos...
E assim, o pequeno F. está a viver na casa onde foi criado, num ambiente familiar estranho, mas que para ele é normal.
A mãe, fugiu da casa do homem com quem estava a viver e onde o F. tinha sido maltratado. Fugiu por medo, fugiu porque não era o F., pequeno e indefeso, que não podia fugir...
Afinal, sempre havia maus tratos, pois se assim não fosse, a mãe não teria de fazer o que fez e fugir às escondidas...
Também ela foi viver para a casa onde o F. está, no fundo um regresso às origens, está junto do filho e da família, mas pergunto-me eu: por quanto tempo? E quando se fôr embora levará o pobre do F. com ela? Para onde? Para ao pé de quem? Para quê?
Por agora tudo está calmo e espero que assim se mantenha para sempre, se bem que cá no fundo, bem no fundo eu acho que é só a bonança após a tempestade, e sempre haverá tempestades.
E pronto, este foi o final possível da história do nosso pequeno F., possível, mas não o final feliz dos contos de fadas...